COMUNIDADE
NO LITORAL PARANAENSE LUTA PELA REABERTURA DA ESCOLA FECHADA Á 10 ANOS.
Depoimento de seu Alfredo, líder da comunidade de
Parati.
“O que aconteceu
com a nossa comunidade da região do Parati no município de Guaratuba. A nossa
escola funcionava bem, dai foi indo, foi indo, foi terminando, eles ao invés de
ativar para mais crianças que estavam crescendo... o que foi que eles
fizeram? Eles fecharam a escola, dai a
depois apareceu mais um pouco de criança, foi chegando a idade, mas dai já não
tinha mais professor, tiraram o
professor para levar para a cidade, porque não valia a pena deixar lá. Hoje
teve bastante criança, a maioria dos pais saíram de lá , levaram as crianças
para Matinhos para fazer o estudo. Porque o pessoal brigava de deixar as
crianças sem estudo e a gente ficou numa situação que não sabia como aproveitar
o momento pro negócio da escola do Parati. Hoje a gente se rejuntou com a
comunidade com a associação pra comparecer aqui e fazer uma procuração sobre a
reabertura da escola pra ver se nós trazemos essas crianças de volta que
saíram, os pais abandonaram os sítios, as casas, hoje se encontra as casas
fechadas por falta de não ter essa atividade nessa comunidade. Então, hoje nós
pedimos encarecidamente a reabertura da escola, várias associações junto com
nós unidos, pedimos esse favor que a escola seja reaberta, para nós manter
essas crianças de volta na nossa comunidade, nossos estudos, é triste a gente
ver uma escola, por exemplo: ter uma escola, e não ter o professor e não ter
estudo para as crianças, é duro tirar as crianças de lá para outro lugar,
porque na cidade está tão difícil, como viver na cidade se a gente nem tem casa
para ficar? É tão ruim deixar o que é da gente, para sair pra cidade e levar as
crianças, então, a gente quer que seja reaberta essa escola no Parati.”
Depoimento de Dona Maria, moradora da Comunidade de
Parati- município de Guaratuba.
“A escola é importante porque as meninas que
o meu filho têm dependem de mim, pra cuidar, porque ele trabalha, e eu não
tenho condições, eu não acostumo fora do sítio, se eu for uma semana na cidade,
eu fico fora de mim, não consigo viver na cidade,não durmo direito, porque tudo
o que eu tenho é lá no Parati. Eu vou pra cidade morar debaixo da ponte? Não
tenho condições pagar nada pra viver la. E é isso ai, meu sentimento é isso,
porque eu tenho dó das crianças ficar sem estudo ,mas eu tenho que prevenir minha
vida também porque eu não acostumo, vivia mais do tempo doente do que quando
moro no sitio. No sitio minha vida é livre, eu tenho saúde, tenho tudo, eu nem
gosto de viver na cidade. Minha vida na cidade é uma vida triste! Que eu não
tenho condições.
Mas a maior tristeza que eu tenho é ver minhas
netas sem estudo. Eu quero que reabra a escola no Parati lá, que é tudo pra
nós. E é só isso, meu sentimento é isso dai.”
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